domingo, 22 de dezembro de 2013

Feliz Natal ;)




" Eu queria de volta meu livro de historias, minha mãe me fazendo dormir, meu pai me trazendo um presente.
Uma boneca, uma bicicleta e um vestido novo para ir ver os meninos jogar bola de capotão.
Brincar de amarelinha, esconde-lenço, ciranda...
Queria acreditar na justiça e na loucura.
Dar presentes para quem precisa deles e um companheiro para quem se sente sozinho.
Que todo mundo tivesse família (por perto), escola e emprego.
Eu queria paz.
E também cortinas na janela, sininhos tilintando no vento, crianças brincando de roda.
Ter uma vida simples.
Eu queria o silêncio.
Sorrir de peito aberto, amigos para o que desse e viesse.
Me vestir de princesa e de bruxa.
Queria ser sábia.
Ver as ruas limpas, a água tratada.
Comer arroz com feijão, bombom, quebra-queixo, machadinha.
Casa limpa, cama quentinha, lençol branco e um travesseiro macio.
Nuvens gordas passeando no céu...E tempo de olhar para elas.
Que todos os filhos tivessem pais.
E filhos, todo mundo quisesse.
Andar tranquila nas ruas, ter todos em casa à noite, contando como foi seu dia.
Eu queria dormir e acordar de bem com a vida.
Que ninguém tivesse certezas, nem medos, nem assombros.
Eu queria acreditar.
Comer fruta do pé, nadar descalça na chuva, ouvir passarinho cantando...
Queria o Sol, um agasalho de frio, sapatos confortáveis.
Andar sem relógio, comer mandioca frita.
Colar olhos nos olhos e amar devagar.
Eu queria aceitar.
Chorar de mansinho, ganhar um abraço.
Ser capaz de fazer as pessoas sorrirem.
Passar a tarde ouvindo um velhinho contar sua vida.
Queria ter paciência.
Queria que cada pessoa tivesse um sonho e que todos os dias fossem Natal.
Mesmo para quem não acredita em Natal."

Autor desconhecido

***
Tenho esse texto numa capa de um caderno que fiz com colagens já tem uns 15 anos.
É um dos textos mais lindos que já li e que por esse motivo, devo ter recortado da revista, que hoje já não me lembro qual é.

Escolhi o mesmo para desejar um Natal recheado de verdades.
Sem mentirinhas contadas para manter a "festa", sem presentes vazios e sem amor.
O que eu desejo para cada ser desse planeta e de qualquer outro, é Paz, Amor e Luz!

Que haja isso tudo e muita verdade....por que Papai Noel existe SIM, e ele pode te visitar o ano todo.

Um Feliz Natal para todos!


Renata Neves Ferreira.
Jornada da Imperatriz - Roda dos Sentimentos
Rê-Organize! Organização e Harmonia para o seu lar
UEB-ON - "União Esotérica Brasileira OnLine"

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Homens aprendem.....( isso faz parte da Jornada)

Homens aprendem
"Com o tempo e a experiência, mesmo os lerdos descobrem – um dia – o prazer da reciprocidade"

Por: IVAN MARTINS

A vida parece curta para o ritmo em que a gente aprende. Demora uma eternidade para que coisas óbvias se apresentem diante de nós em sua clareza elementar. Perdemos décadas da nossa existência no interior de uma grossa névoa de burrice emocional. É somente na virada dos 40 anos, às vezes dos 50, que a luz atravessa as nuvens. Não é tarde, mas é uma pena. Se a compreensão viesse antes, talvez a vida fosse melhor.

Falo por mim, naturalmente.

Haverá quem tenha entendido o mundo desde cedo. Deve haver gente extraordinária que percebe – aos 15, aos 20 anos, talvez aos 30 – que é impossível ter tudo ao mesmo tempo e que a arte da renúncia antecede o gozo. Alguém deve ter percebido, antes de ter cabelos brancos, que comprometer-se (pro-fun-da-men-te) é parte da experiência de ser feliz. Comigo não foi assim.

Falo de homens, claro.

Eles se debatem no interior dos relacionamentos como se estivessem se afogando. A mulher é bacana, a vida é boa, o sexo flui como música de câmera – mas o sujeito soçobra em ansiedade, incapaz de aquietar-se. Seu desejo se multiplica em todos os sorrisos, todos os cabelos, todo quadril largo ou estreito que passe requebrando. Ele muitas vezes nem faz sexo além da cerca, mas sua fidelidade se restringe ao sentido forense da palavra - não há contato físico, mas sobra imaginação e sofrimento, com terríveis consequências.

A relação verdadeira, que começara apaixonada, vai murchando. A sombra da tristeza invade a casa dele, a cama dele, o sorriso da mulher dele. Mas ele não sabe que precisa opor-se a isso. Acredita que o amor tem de brotar pronto e perfeito, sem esforço. Assim, ele desiste. Deixa rolar, broxar, o sentimento esvair-se. É um espontaneísta, afinal. Ou uma anta, como perceberá logo depois. Mas então o barco já terá virado.

No fundo, eu temo, ele queria que desse errado.

Estar casado (ou estar junto, ou ter alguém) era um estorvo. Havia muita coisa acontecendo e ele nunca renunciara. O casamento, (o namoro, a relação) sempre lhe parecera provisório. Tinha vergonha de fazer planos. Sentia-se numa farsa onde faltava algo. Ele achava que era amor. Anos depois, descobriu que era maturidade, comprometimento, empenho. Dele. Não sabia que era preciso dar-se. Talvez nem soubesse como. Criatura bruta e triste, cheia de fome.

Ainda bem que o tempo existe.

Com ele, aprende-se a importância das coisas. Com a soma das experiências repetidas, mesmo um sujeito lerdo – e são quase todos - entende que é preciso cuidar da mulher que ele ama. Não apenas como um objeto de prazer que pode irritar-se e partir. Não apenas como algo que ele pode perder. Mas como uma parte essencial da vida dele, que tem de ser preservada e aprimorada. Com o tempo e com boa vontade, o sujeito aprende a reciprocidade. Mas leva tempo.


Renata Neves Ferreira.
Jornada da Imperatriz - Roda dos Sentimentos
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